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Esperança para a Baía (O Dia)

31 de julho de 2015

Rio - A Bacia Hidrográfica da Guanabara engloba nove milhões de pessoas, 18 municípios e 400 empresas. Tudo que ocorre aí impacta o espelho d’água. Milhões de pessoas jogam lixo no chão, a chuva leva para os rios e para a Baía. Haja ecobarcos e ecobarreiras!

Acabamos com grandes lixões: Itaoca, de São Gonçalo, Babi, de Belford Roxo, Gramacho, de Caxias, e outros, onde catadores disputavam lixo com porcos e urubus. Estes lançavam um Maracanã mensal de chorume na Guanabara. As prefeituras deveriam fazer coleta diária, inclusive nas comunidades, contratar cooperativas de catadores, fazer Educação Ambiental. Não aconteceu.

O percentual de coleta seletiva das cidades em torno da Baía é de 1%; inaceitável. Poucas apoiam o Prove (Programa de Recuperação do Óleo Vegetal), que criamos em 2008, e transforma óleo usado de cozinha em sabão e biodiesel. Em 2013, recolhemos seis milhões de litros com cooperativas, mas com apoio, seriam cinco vezes mais! Transformaria poluição em renda.

A maior poluidora da Guanabara é a Reduc; por décadas poluiu e nem multas pagou. Realizamos auditoria ambiental e termo de ajuste de conduta de R$1 bilhão, investido em 48 mudanças tecnológicas: estações biológicas, circuitos fechados, retirada do enxofre, para reduzir em 90% a poluição do ar e o lançamento de óleo e química na Baía. Passados quatro dos seis anos, houve redução de 60% da poluição.

O problema maior é o saneamento. O PDBG, há 17 anos, fez quatro estações de tratamento de esgoto, mas não as redes, conexões, elevatórias. Todo o esgoto chegava à Baía pelos rios Meriti, Sarapuí, Alcântara, Botas, Irajá, etc. Em 2006, só 16% do esgoto de nove milhões de pessoas era tratado. Em sete anos, triplicamos para 48%, com recursos do PAC e do Fundo Ambiental.

A Cedae tem que melhorar muito, as prefeituras e a iniciativa privada têm que ajudar, e será criada uma autoridade única para coordenar tudo. Se todos fizerem sua parte, haverá esperanças para a Guanabara!

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